
Juliana Paes vestiu um traje clássico nas gravações do casamento de Maya, sua personagem
As cores são fortes, os tecidos cuidadosamente trabalhados e o resultado chama a atenção. Não há como assistir à novela global Caminho das Índias sem reparar no visual diferenciado do núcleo indiano.
» Aprenda a vestir o sári
» Veja o figurino da novela 'Caminho das Índias'
A trama de Glória Perez promete servir de inspiração para a moda, e algumas peças da Índia podem dar um toque diferenciado à mistura brasileira. Entre os looks apresentados, um dos que mais despertam curiosidade é o composto pelo sári.
Trata-se de um pedaço de pano, que mede tradicionalmente cinco metros de comprimento (mas pode ser encontrado de quatro a seis metros) e cerca de 1,5 metro de largura. Não conta com botões, zíperes ou qualquer outro apetrecho usado na costura ocidental. Entre os tecidos estão o algodão e a seda.
O sári é enrolado no corpo da mulher e forma uma espécie de vestido - bem exótico, por sinal. Cada região da Índia tem uma maneira de vesti-lo e é preciso certa habilidade para conquistar o resultado esperado.
As indianas o dobram para formar pregas na parte da frente, o que o deixa mais soltinho. É preso com um alfinete ou broche no ombro, e o que sobra do tecido pode ser jogado na cabeça ou no outro ombro.
A vestimenta é composta por mais duas peças. Embaixo do sári, usa-se o choli (blusa curta para cobrir o busto) e uma espécie de saia/anágua, em que se prende uma das pontas do pano.
Não há registros precisos sobre a data de origem do traje, mas o costume acompanha a tradição milenar indiana. Enquanto jovens de lá já circulam com calças jeans, será que é possível o sári ganhar espaço no guarda-roupa das brasileiras?
De acordo com a professora de moda Juliana Verri, da Escola de Moda Sigbol Fashion, sim. Mas, é claro, com algumas adaptações. "Com um pedaço de pano menor, pode-se fazer minivestidos ou blusas, que combinam com calça legging, por exemplo".
Quem não se sente à vontade para vestir a peça no dia-a-dia, mas se encantou com seu requinte, tem chance de entrar no clima indiano em festas temáticas ou no Carnaval. O sári também confere um toque especial à decoração da casa quando usado na fabricação de cortinas e almofadas, por exemplo.
Cores neutras não combinam com a Índia
Cores vivas e marcantes não faltam nas produções indianas. O sári ganha destaque com o pink, salmão, azul, azul-cobalto, amarelo, marrom, ocre, vermelho e verde-grama. É incrementado com bordados, estampas, pedrarias e lantejoulas.
Enquanto as ocidentais apostam no pretinho básico para não errar, essa cor não é bem-vinda na Índia, por significar mau agouro e luto. Outra diferença é que as brasileiras sonham com o vestido de noiva branco e lá elas não querem nem saber da cor. "Roupa branca é para viúva. Hoje, muitas viúvas já não seguem essa tradição", explica a indiana Ratnabali Adhikar, 53, que está no Brasil há 30 anos.
A musicista e cantora Ratnabali, que é consultora da novela Caminho das Índias, conta que o casamento pede roupas mais trabalhadas e em tons de vermelho. "Representa o amor e a paixão. Eu me casei há 35 anos na Índia e usei um sári vermelho puxado para o rosa".
A trama já apresentou os trajes de uma noiva nas cenas do casamento de Rani (Brendha Haddad) e Komal (Ricardo Tozzi). Quem as perdeu ainda pode conferir a protagonista Maya, vivida por Juliana Paes, pronta para casar, na próxima quarta-feira, dia 11. No dia 12, atores de Malhação se apresentam no Vídeo Show também vestidos de indianos.
Modelitos à brasileira
Algumas peças com inspirações indianas combinam mais com as preferências brasileiras e devem virar moda. A túnica, que costuma fazer parte do visual de Juliana Paes no folhetim, é uma boa pedida para todos os tipos físicos, como explica Tatiana Putti, coordenadora da área de moda do Senac/SP. "Por ser mais leve, não mostra nem se é muito magra ou gordinha. É uma ótima peça para não marcar o corpo".
Vale lembrar que os modelos mais compridos pedem alguns cuidados se usados por mulheres baixas. "Prefira túnicas com fendas laterais, use salto e aposte em calças que acompanham a silhueta, como legging e cigarrete", orienta a especialista Tatiana. Outra dica é usar peças mais curtas, como vestido.
A calça saruel, muito vista nos últimos desfiles de moda brasileiros, ganha um pouco mais de destaque. "A novela vai dar uma empurrada na tendência, mas não é a preferência da mulher brasileira por não marcar a silhueta", opina a coordenadora do Senac. A peça de origem oriental é uma espécie de saia-calça, com gancho grande e baixo. "É boa para quem quer disfarçar culote e coxa grossa". Se optar por modelos mais coloridos, componha o visual com blusas básicas.
As batas, que faziam parte do visual dos hippies nas décadas de 1960 e 1970, caem bem com calça jeans. O oriental caftã, que também foi moda nesse período, não fica de fora da lista de promessas e combina com sandálias rasteiras.
Estampas e acessórios são detalhes que sobressaem
Muito mais que trazer colorido às roupas brasileiras, o destaque dado à Índia deve colaborar com a variedade de estampas. "As imagens dos deuses do hinduísmo (religião mais difundida na Índia) vão tomar conta das peças", conta a professora de moda Juliana Verri.
Muitos acessórios complementam o visual das indianas. A professora Juliana aposta nos braceletes. Até mesmo o bindi, o famoso terceiro olho, deve fazer parte do look das mais modernas e antenadas. A peça é repleta de simbolismos e um deles é ampliar o sexto sentido feminino.
Fonte: Terra
Patricia Zwipp
As cores são fortes, os tecidos cuidadosamente trabalhados e o resultado chama a atenção. Não há como assistir à novela global Caminho das Índias sem reparar no visual diferenciado do núcleo indiano.
» Aprenda a vestir o sári
» Veja o figurino da novela 'Caminho das Índias'
A trama de Glória Perez promete servir de inspiração para a moda, e algumas peças da Índia podem dar um toque diferenciado à mistura brasileira. Entre os looks apresentados, um dos que mais despertam curiosidade é o composto pelo sári.
Trata-se de um pedaço de pano, que mede tradicionalmente cinco metros de comprimento (mas pode ser encontrado de quatro a seis metros) e cerca de 1,5 metro de largura. Não conta com botões, zíperes ou qualquer outro apetrecho usado na costura ocidental. Entre os tecidos estão o algodão e a seda.
O sári é enrolado no corpo da mulher e forma uma espécie de vestido - bem exótico, por sinal. Cada região da Índia tem uma maneira de vesti-lo e é preciso certa habilidade para conquistar o resultado esperado.
As indianas o dobram para formar pregas na parte da frente, o que o deixa mais soltinho. É preso com um alfinete ou broche no ombro, e o que sobra do tecido pode ser jogado na cabeça ou no outro ombro.
A vestimenta é composta por mais duas peças. Embaixo do sári, usa-se o choli (blusa curta para cobrir o busto) e uma espécie de saia/anágua, em que se prende uma das pontas do pano.
Não há registros precisos sobre a data de origem do traje, mas o costume acompanha a tradição milenar indiana. Enquanto jovens de lá já circulam com calças jeans, será que é possível o sári ganhar espaço no guarda-roupa das brasileiras?
De acordo com a professora de moda Juliana Verri, da Escola de Moda Sigbol Fashion, sim. Mas, é claro, com algumas adaptações. "Com um pedaço de pano menor, pode-se fazer minivestidos ou blusas, que combinam com calça legging, por exemplo".
Quem não se sente à vontade para vestir a peça no dia-a-dia, mas se encantou com seu requinte, tem chance de entrar no clima indiano em festas temáticas ou no Carnaval. O sári também confere um toque especial à decoração da casa quando usado na fabricação de cortinas e almofadas, por exemplo.
Cores neutras não combinam com a Índia
Cores vivas e marcantes não faltam nas produções indianas. O sári ganha destaque com o pink, salmão, azul, azul-cobalto, amarelo, marrom, ocre, vermelho e verde-grama. É incrementado com bordados, estampas, pedrarias e lantejoulas.
Enquanto as ocidentais apostam no pretinho básico para não errar, essa cor não é bem-vinda na Índia, por significar mau agouro e luto. Outra diferença é que as brasileiras sonham com o vestido de noiva branco e lá elas não querem nem saber da cor. "Roupa branca é para viúva. Hoje, muitas viúvas já não seguem essa tradição", explica a indiana Ratnabali Adhikar, 53, que está no Brasil há 30 anos.
A musicista e cantora Ratnabali, que é consultora da novela Caminho das Índias, conta que o casamento pede roupas mais trabalhadas e em tons de vermelho. "Representa o amor e a paixão. Eu me casei há 35 anos na Índia e usei um sári vermelho puxado para o rosa".
A trama já apresentou os trajes de uma noiva nas cenas do casamento de Rani (Brendha Haddad) e Komal (Ricardo Tozzi). Quem as perdeu ainda pode conferir a protagonista Maya, vivida por Juliana Paes, pronta para casar, na próxima quarta-feira, dia 11. No dia 12, atores de Malhação se apresentam no Vídeo Show também vestidos de indianos.
Modelitos à brasileira
Algumas peças com inspirações indianas combinam mais com as preferências brasileiras e devem virar moda. A túnica, que costuma fazer parte do visual de Juliana Paes no folhetim, é uma boa pedida para todos os tipos físicos, como explica Tatiana Putti, coordenadora da área de moda do Senac/SP. "Por ser mais leve, não mostra nem se é muito magra ou gordinha. É uma ótima peça para não marcar o corpo".
Vale lembrar que os modelos mais compridos pedem alguns cuidados se usados por mulheres baixas. "Prefira túnicas com fendas laterais, use salto e aposte em calças que acompanham a silhueta, como legging e cigarrete", orienta a especialista Tatiana. Outra dica é usar peças mais curtas, como vestido.
A calça saruel, muito vista nos últimos desfiles de moda brasileiros, ganha um pouco mais de destaque. "A novela vai dar uma empurrada na tendência, mas não é a preferência da mulher brasileira por não marcar a silhueta", opina a coordenadora do Senac. A peça de origem oriental é uma espécie de saia-calça, com gancho grande e baixo. "É boa para quem quer disfarçar culote e coxa grossa". Se optar por modelos mais coloridos, componha o visual com blusas básicas.
As batas, que faziam parte do visual dos hippies nas décadas de 1960 e 1970, caem bem com calça jeans. O oriental caftã, que também foi moda nesse período, não fica de fora da lista de promessas e combina com sandálias rasteiras.
Estampas e acessórios são detalhes que sobressaem
Muito mais que trazer colorido às roupas brasileiras, o destaque dado à Índia deve colaborar com a variedade de estampas. "As imagens dos deuses do hinduísmo (religião mais difundida na Índia) vão tomar conta das peças", conta a professora de moda Juliana Verri.
Muitos acessórios complementam o visual das indianas. A professora Juliana aposta nos braceletes. Até mesmo o bindi, o famoso terceiro olho, deve fazer parte do look das mais modernas e antenadas. A peça é repleta de simbolismos e um deles é ampliar o sexto sentido feminino.
Fonte: Terra
Patricia Zwipp
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